quarta-feira, junho 22, 2005

A morte

A morte, antes de mais, aparece como um fenomeno social que abrange toda a comunidade. Enquanto o nascimento e o baptismo sao considerados assuntos de familia podem ou nao ser alargados para o mundo exterior, o casamento e os funerais dizem obviamente respeito nao so a familia da pessoa falecida, mas também a outras familias da comunidade em causa. A identidade social do individuo esta ligada a sua casa, ao seu nome, a sua familia e a sua terra.
Depois de qualquer tipo de morte – morte repentina, por doença ou por acidente - todas as portas e portoes da casa do falecido eram imediatamente abertos, permitindo a entrada a quem desejasse. Os parentes proximos, atingidos pela dor, choravam e geralmente retiravam-se para um outro quarto da casa. Alguns vizinhos uniam-se e organizavam-se, tratando da cozinha, ajudando a preparar o corpo, que era lavado e vestido na propria casa.
Depois do corpo preparado, havia que tratar do enterro. A presença no velorio do conjuge, dos filhos, dos pais, era uma pratica corrente. E aquele era feito em casa, normalmente na sala principal. Os sinos dobravam durante a manha, indicando a toda a comunidade que ia haver um funeral. O luto era marcado pelo uso do preto e pela recusa de todas as formas de diversao. A sua duraçao variava de acordo com a relaçao mantida com o falecido.