segunda-feira, julho 04, 2005

Mosteiro da Batalha




Mosteiro da Batalha (visto de fora lol)

O Mosteiro da Batalha é o simbolo mais marcante da Dinastia de Avis. Construido por iniciativa de D. Joao I, na sequencia de um voto a Virgem, caso vencesse a Batalha de Aljubarrota (1385), as obras iniciaram-se logo no ano seguinte, sob direcçao do arquitecto portugues Afonso Domingues. Dessa fase resultou grande parte das estruturas da igreja e duas alas do claustro.
Em 1402 o projecto sofreu uma mudança radical, sendo a direcçao das obras assumida por Mestre Huguet, arquitecto estrangeiro, provavelmente catalao, que dotou o Mosteiro da Batalha de uma matriz gotica flamejante. A este periodo corresponde o abobadamento dos espaços da igreja e da Sala do Capitulo, a construçao da Capela do Fundador e, ainda, o inicio das obras das Capelas Imperfeitas. Pelos meados do século XV, construiu-se o Claustro de D. Afonso V, obra de Fernao de Évora, e que se filia no Gotico afonsino, corrente que rejeita a exuberancia do estilo flamejante em beneficio de linhas simples e austeras. No reinado de D. Manuel fecharam-se as janelas das galerias do claustro e retomaram-se as obras das Capelas Imperfeitas, projecto que se prolongou até a década de 30 do século XVI, ja com a inclusao de elementos renascentistas, e que foi depois abruptamente abandonado pelas solicitaçoes de outros monumentos no pais.
Depois de um longo interregno, o Mosteiro da Batalha viria a ser objecto de novas obras - estas ja de restauro - a partir de 1840. Durante mais de cinquenta anos o Mosteiro foi sistematicamente restaurado segundo critérios de retorno forçado a traça medieval, facto que nao permite hoje um melhor conhecimento deste monumento durante a Idade Moderna. Em 1980 foi transformado em Museu, e tres anos depois inscrito pela UNESCO na lista de Patrimonio Mundial. Aqui funcionam duas oficinas de cantaria e de vitral, iniciativas que se fundem com os objectivos mais amplos de investigaçao e divulgaça
o do proprio Museu; na Batalha conserva-se, ainda, o mais importante nucleo de vitrais medievais portugueses, com uma campanha da primeira metade do século XV na capela-mor, e outra ja da segunda década de Quinhentos na Sala do Capitulo.